Artista potiguar Abraham Palatnik morre aos 92 anos vítima do Covid-19


O artista plástico potiguar Abraham Palatnik morreu, na manhã deste sábado (9), aos 92 anos, vítima do novo coronavírus . Ele estava internado desde o dia 29 de abril em estado grave, após testar positivo para Covid-19 , no hospital Copa Star, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Segundo o jornal  O Globo , ele sofria de doença pulmonar e teve pneumonia há 6 meses.

Abraham Palatnik fazia parte do grupo de artistas que inclui nomes como o americano Alexander Calder, os franceses Marcel Duchamp e Victor Vasarely e o venezuelano Jesus Rafael Soto, Abraham Palatnik iniciou, nos anos 1950, seus primeiros experimentos com a arte cinética, investigando o movimento a partir de obras que uniam cores, luzes e elementos mecânicos. A aceitação não foi imediata. Seu cinecromático “Azul e roxo em seu primeiro movimento” foi enviado à I Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, e quase ficou fora do evento, por não se encaixar nas categorias de pintura ou escultura. Mas nas décadas seguintes seu nome jamais deixou de ser associado a obras de vanguarda das artes brasileiras.

Nascido em Natal (RN) em 1928, o artista radicadou-se no Rio em 1947, para onde se mudou após viver na região onde hoje se localiza o Estado de Israel (lá frequentou o Instituto Municipal de Arte de Tel Aviv). Aqui, o potiguar se uniu, na década seguinte, aos artistas do Grupo Frente (Ivan Serpa, Helio Oiticica, Lygia Clark, Aluisio Carvão, Lygia Pape e Franz Weissman), marco do concretismo.

No bairro do Engenho de Dentro, viveu uma experiência que mudaria sua carreira. Em 1949, impactado pela arte de internos do Hospital Psiquiátrico Pedro II, Palatnik decidiu abandonar a pintura figurativa, iniciando a pesquisa com luz e movimento que resultaria nos primeiro trabalhos cinecromáticos.

Ainda que tenha se tornado um dos principais nomes do movimento concretista, a singularidade das obras de Abraham Palatnik o manteve numa posição única no cenário nacional. O reconhecimento como um dos pioneiros da arte cinética garantiu sua presença em instituições internacionais, como o Museum of Fine Arts, em Houston, e o MoMA, em Nova York.

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