Rodrigo Maia não se rende a Paulo Guedes: "CPMF não passa no Congresso"
O cenário para a guerra está montado. O ministro da Economia, Paulo Guedes, resolveu desafiar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e anunciou que o projeto de reforma tributária do governo incluirá um imposto sobre movimentações financeiras por meio digital.
Mas Bolsonaro seduziu o centrão com aquilo que esse grupo de partidos mais busca, a parcela palpável do poder: cargos e verbas públicas. O centrão era contra a CPMF. Foi graças a esse bloco que o Congresso derrubou o imposto em 2007. Agora, no entanto, já não está tão contrário assim.
Arthur Lira, líder do maior partido do centrão, o PP, disse-me que não acha que o novo imposto seja uma CPMF. Ou seja, adotou o discurso de Guedes: é uma contribuição sobre movimentações financeiras, como a CPMF, mas não é uma CPMF.
O ex-presidente da Câmara Marco Maciel costumava repetir o mantra de um jogador do Futebol Clube do Porto, em Portugal. Chamava-se João Pinto. E sempre que lhe perguntavam como seria a disputa, ele respondia: "Prognóstico só no fim do jogo".
A CPMF tem mais chances de passar. Mas será uma guerra, e ninguém sabe ainda o resultado.
Com conteúdo UOL
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