Núcleo de desestatização do governo Bolsonaro se demite

TEMPO PERDIDO -  Salim Mattar: mal avaliado no Ministério da Economia Amanda Perobelli/Reuters

Há quase dois anos remando contra a maré num governo eleito com o discurso privatista — mas que, na verdade, pouco privatizou e ainda criará estatais –, o secretário de Desestatização, Salim Mattar, e o secretário de Desburocratização, Paulo Uebel, pediram as contas nesta terça.

Recentemente, Salim dizia a interlocutores ainda ter disposição para continuar tentando reduzir a estrutura de Estado, cumprindo a promessa de campanha de Jair Bolsonaro e defendendo bandeiras cada vez mais isoladas na Esplanada.

Salim dizia acreditar que até a privatização da Eletrobrás pudesse ser consumada neste ano. Ninguém no Congresso e no Planalto, porém, estava na canoa de Salim, que desde o início mostrou-se incapaz de construir bases políticas e buscar aliados aos seus projetos no Congresso.

O ex-secretário era visto no Parlamento como uma figura distante — para ser elegante. Com as mudanças no governo, Salim perdeu domínio sobre dois projetos importantes de desestatização, Os Correios e a EBC, sob o comando da pasta de Fábio Faria. Ao perceber a realidade, pediu demissão a Paulo Guedes.

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