Após 15 dias com praias cheias, litoral paulista tem aumento de casos e mortes por Covid-19


Após um mês em queda, o número de casos e mortes confirmadas do novo coronavírus voltaram a aumentar nesta semana na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, em relação a semana anterior. O aumento é registrado duas semanas após o primeiro fim de semana ensolarado com estradas e praias lotadas na região.

Nas cidades da Baixada Santista, a média semanal de casos positivos e de mortos estava em queda desde o início de agosto, quando se manteve por duas semanas com 13 mortes pelo novo coronavírus por dia. O número caiu e chegou a cinco óbitos, na semana entre os dias 2 e 8 de setembro.

No entanto, com base nos boletins epidemiológicos divulgados diariamente pelas nove prefeituras da região, os números de novos casos e mortes voltaram a aumentar na última semana na Baixada Santista.

O aumento aconteceu duas semanas depois do primeiro fim de semana ensolarado na região, nos dias 29 e 30 de agosto, que atraiu milhares de turistas para as praias do litoral paulista. Depois, ainda veio o feriado da Independência quando o número de turistas na região foi ainda maior, superando números de 2019.


Tempo de incubação do vírus

Para o médico infectologista do Instituto Emílio Ribas Leonardo Weissmann, os fatos estão relacionados. "Aglomerações e pessoas circulando sem máscaras é o ambiente mais propício para a propagação do vírus", diz o especialista.

Ele relembra, ainda, que é fundamental que as pessoas respeitem o distanciamento físico, evitando aglomerações, que todos usem máscaras cobrindo o nariz e a boca, e a higienização frequente das mãos, lavando com água e sabão ou usando o álcool gel a 70%.

"Se considerarmos que o período de exposição ao vírus até a manifestação de sintomas pode levar de 2 a 14 dias, era esperado que tivéssemos esse aumento de casos, por descuido da própria população, que deixou de respeitar as regras básicas de precaução", aponta.

Já o médico infectologista do Hospital das Clínicas, Evaldo Stanislau, acredita que seja cedo relacionar os dois fatos. "Esse discreto aumento pode ser isolado, pode refletir casos sendo contabilizados agora ou, de fato pode ser o início de uma tendência de elevação", afirma.

Ele defende que o número deve ser mais observado. "Penso que deva ser um fato isolado que não se sustenta, mas que serve de alerta para o correto uso da máscara e evitar desnecessárias aglomerações."

Ambos também têm opiniões contrárias em relação às previsões futuras. Enquanto Wiserman acredita que este seja o começo de uma nova subida nos casos, Stanislau acredita na redução. Mesmo assim, os dois especialistas concordam que o número deve ser levado em consideração e acompanhado com atenção pelas autoridades públicas.



Com conteúdo G1

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