Exclusivo: Making-of do documentário Terezinha de Jesus por Marcelo Buainain
Da redação
10/10/2020 | 17h38
Dotado de um olhar que revela equilíbrio entre o apuro estético e o espectro documental, Marcelo Buainain desmarcou em Porto do Mangue, localizado na Costa Branca potiguar para registrar os cenários selvagens deste município quem tem o segundo maior conjunto de Dunas móveis do Brasil.
Em conversas com Rodrigo Almeida, nativo de Porto do Mangue e proprietário do Restaurante Bangalô, referência em gastronomia na região, Buainain foi apresentado a Terezinha de Jesus, mulher marisqueira que aos 87 anos ainda desenvolve a atividade diariamente na proa do Rio das Conchas.
Impressionado com a história de vida de Terezinha de Jesus, Marcelo Buainain resolveu registrar a saga desta mulher negra, que aos 87 anos é símbolo da resistência e força da mulher nordestina.
Bio
Marcelo Buainain nasceu em 1962 na cidade de Campo Grande, Estado do Mato Grosso do sul. Abandonou o quinto ano do curso de MEDICINA para se dedicar exclusivamente ao mundo IMAGÉTICO. Hoje é pai, fotógrafo e documentarista.
Na década de noventa fixou residência na Europa onde trabalhou como free lancer para publicações brasileiras e europeias, foi neste período que abraçou a fotografia documental publicando três livros, com destaques para as obras “Bahia – Saga e Misticismo” e “Índia Quantos Olhos tem uma Alma” que recebeu em 1998 o Prêmio Máximo conferido pela II Bienal Internacional de Fotografia da Cidade de Curitiba.
Realizou diversas exposições individuais e coletivas e nos anos 80 com o apoio da FUNARTE coordenou a I e II Semana Campograndense de Fotografia. Dotado de um olhar que revela equilíbrio entre o apuro estético e o aspecto documental, em 2009 foi um dos sete fotógrafos convidados para compor a mostra coletiva Bressonianas, realizada em São Paulo, em paralelo a uma grande retrospectiva em homenagem ao consagrado fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson.
No ano de 2002 Marcelo Buainain regressou ao Brasil fixando residência no nordeste do país e recebe a Bolsa Vitae de Arte para desenvolver o projeto “Brasil: a Religião e o III Milénio”.
Em busca de novas linguagens renuncia temporariamente à fotografia e se lança no universo do áudio visual dirigindo os documentários “Do Lodo ao Lotus” e Hermógenes – Deus me Livre de Ser Normal, este produzido para a TV Cultura no âmbito do II DOCTV.
Em 2011, a revista brasileira PhotoMagazine incluiu Buainain entre os dez fotógrafos brasileiros da década e neste mesmo ano retoma a fotografia publicando o seu quarto livro, Mi Amas Vin, obra contemplada em 2013 no concurso internacional POY (Picture of the Year) Latam com a Menção Honrosa do Juri na categoria de Melhor Livro do Ano.
Com a série Retratos de Família recebe, em 2012, na cidade de Paris o Prêmio Martín Chambi de Fotografia com uma exposição na Galerie VU. Neste ano, na Argentina, sua obra é contemplada com I Prêmio Latinoamericano de Fotografia conferido pelo Centro Latino Americano.
Em 2013 a série sobre A Cultura dos Mutilados é premiada na Colômbia no âmbito do XIX Concurso Latinoamericano de Fotografia Documental – Los Trabajos y los Días.
Veja mais imagens de Rodrigo Almeida:
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