Lula acusa Bolsonaro de governar para milícia e promete caravanas pelo país

Ex-presidente Lula carregado nos braços do povo após discurso (Foto: Ricardo Stuckert)

Em discurso neste sábado (9.nov.2019), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o presidente Jair Bolsonaro governa para milicianos e prometeu fazer caravanas pelo país em oposição ao atual ocupante do Palácio do Planalto.

Lula discursou diante uma multidão de apoiadores no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo Campo, mesmo reduto petista no qual o ex-presidente se entregou à Polícia Federal, em abril de 2018.

“Esse cidadão [Bolsonaro] foi eleito, ele foi eleito democraticamente e aceitamos o resultado da eleição. Ele tem 4 anos de mandato. Foi eleito para governar para o povo brasileiro e não para os milicianos do Rio de Janeiro”, disse o petista.

O ex-presidente cobrou uma resolução do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e fez referência à citação de Bolsonaro no caso.“Ele [Bolsonaro] não pode fazer investigação. Não é a gravação do filho dele que vale, é preciso que haja uma perícia séria”, disse. “A gente não pode deixar que micilianos acabem com nosso país”, acrescentou.

Acompanhado por lideranças petistas, o ex-presidente classificou o ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), de “canalha” e acusou o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol de agir para enriquecer às custas da operação.

“O juiz Moro não era juiz, era 1 canalha que estava me julgando. Dallagnol não representa o Ministério Público. Ele montou uma quadrilha com a Força Tarefa da Lava Jato, inclusive para roubar dinheiro da Petrobras”, disse, em referência à tentativa dos procuradores em criar 1 fundo anticorrupção, com a multa paga pela Petrobras no âmbito da Lava Jato. O STF (Supremo Tribunal Federal) barrou a criação do fundo.

Em tom eleitoral, Lula disse ainda que vai percorrer o país com o ex-candidato Fernando Haddad e outras lideranças de esquerda para fazer oposição ao atual governo e combater a desigualdade. “Não é possível que a gente viva nesse país vendo o rico ficar cada dia mais rico, e o pobre mais pobre”, afirmou.

SOLTURA

Lula foi solto na última 6ª feira (8.nov), depois de 580 dias preso e no contexto de uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que tornou ilegal a execução de penas antes que todos os recursos sejam examinados pela Justiça.

Ao mesmo tempo, lideranças governistas na Câmara lideram uma reação ao entendimento do STF para articular a aprovação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que permita o cumprimento de pena após prisão em 2º grau.

O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Felipe Francischini (PSL-PR), pautou para 2ª (11.nov.2019) e 3ª feira (12.nov.2019) a análise da PEC , que trata do tema.

Além disso, o presidente do Supremo, Dias Toffoli, enviou ao Congresso uma proposta para alterar o Código Penal e impedir a prescrição de processos que chegam às Instâncias superiores. A possibilidade de que criminosos serem safos de seus crimes em função da demora das ações em 3 Instâncias é uma das críticas daqueles que defendem a prisão em 2ª instância.

Com conteúdo Poder360

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