William McKinley visitava a Exposição Universal de 1921 quando Leon Czolgosz, um anarquista de origem polonesa, o baleou. Teve uma morte longa e horrível, por gangrena. O assassinato de John Kennedy, em 22 de novembro de 1963, deixou um trauma profundo e deu origem a teorias conspiratórias que se propagam até hoje – e influenciam as séries de televisão. Dos que morreram por doença, Franklin Delano Roosevelt, da galeria dos gigantes, já estava acabado em termos de saúde quando sofreu uma hemorragia cerebral em 12 de abril de 1945, sem ver o fim oficial da guerra. Muitos americanos só souberam que ele precisava de cadeira de rodas por causa da poliomielite depois que ele morreu A Covid-19 vai enterrar a reeleição de Trump? Tudo é possível. Inclusive, um pouco mais implausivelmente, que ele seja ajudado por uma espécie de efeito solidariedade. A série continua.


Ser uma figura pública é profissão de risco no caso de uma doença contagiosa como a Covid-19, propagada por contatos próximos. Jair Bolsonaro, Boris Johnson e o príncipe Charles já comprovaram isso.

Mas nada se iguala ao formidável drama de Donald Trump, derrubado pelo novo coronavírus a 32 dias da eleição em que aparece atrás em todas as pesquisas.

Mesmo que seja poupado da progressão negativa da doença, e seus 74 anos não ajudam muito, Trump tem que ficar isolado os 14 dias de praxe da quarentena. Isso se não tiver complicações.

Suas habituais “tempestades de tuítes”, que certamente aumentarão de intensidade, não compensarão a presença física nos comícios ao vivo.

É neles que exibe as diferenças com Joe Biden. Sempre tem muita gente e gente apaixonada por Trump, propagando uma imagem de entusiasmo e energia da qual ele precisa muito para virar o jogo nos estados-chave onde a eleição será definida.

Ironicamente, Trump apresentava Joe Biden, não sem razão, como um candidato lerdo, sem carisma e intimidado pelo coronavírus a ponto de ter passado um longo isolamento no porão de sua casa.

Isso se não tiver contaminado o adversário no incandescente debate de terça-feira, onde a linguagem agressiva, dos dois lados, poderia, teoricamente, servir como um vetor de gotículas capazes de transpor a distância de segurança entre ambos.

É difícil resistir a uma especulação desse tipo, digna dos ótimos roteiros das séries de televisão mede filmes sobre política e presidentes.

Imaginem os dois candidatos à Casa Branca, ambos septuagenários, imobilizados pelo vírus.

Desde a criação da república americana, oito presidentes morreram durante seus mandatos, sendo três assassinados.

Abraham Lincoln foi morto em 1865, quando assistia uma peça de teatro, baleado por um ator que queria vingar o Sul recém-derrotado na Guerra Civil.

O patrono, ao contrário, dos que sonham com uma vaga em cargo público, Charles Guiteau, assassinou James Garfield em 1881. O emocionalmente instável Guiteau queria ser cônsul em Paris, mas acabou na forca, cinco meses depois do magnicídio.

William McKinley visitava a Exposição Universal de 1921 quando Leon Czolgosz, um anarquista de origem polonesa, o baleou. Teve uma morte longa e horrível, por gangrena.

O assassinato de John Kennedy, em 22 de novembro de 1963, deixou um trauma profundo e deu origem a teorias conspiratórias que se propagam até hoje – e influenciam as séries de televisão.

Dos que morreram por doença, Franklin Delano Roosevelt, da galeria dos gigantes, já estava acabado em termos de saúde quando sofreu uma hemorragia cerebral em 12 de abril de 1945, sem ver o fim oficial da guerra.

Muitos americanos só souberam que ele precisava de cadeira de rodas por causa da poliomielite depois que ele morreu

A Covid-19 vai enterrar a reeleição de Trump? Tudo é possível. Inclusive, um pouco mais implausivelmente, que ele seja ajudado por uma espécie de efeito solidariedade.

A série continua.


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