Venezuela irá disponibilizar oxigênio para o Amazonas


O governo da Venezuela informou na noite de hoje que irá disponibilizar oxigênio para atender os hospitais do estado do Amazonas, que vive um colapso após aumento no número de casos de covid-19. A informação foi publicada pelo ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, nas redes sociais.

"Por instruções do Presidente Nicolas Maduro conversamos com o governador do estado do Amazonas, Wilson Lima, para disponibilizar imediatamente o oxigênio necessário para atender o contingente de saúde em Manaus. Solidariedade latinoamericana acima de tudo!', disse Arreaza, no Twitter.

A demanda por oxigênio no Amazonas quadruplicou em apenas 15 dias, devido à explosão no número de casos (e consequentemente) de internações por covid-19.

Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", as empresas aumentaram a produção ao limite e buscam soluções de importação do insumo. A White Martins, principal fornecedora de oxigênio para o governo do Amazonas, informou que atua para viabilizar a importação do produto da Venezuela para suprir a demanda.

A crise também levou o secretário estadual de Saúde, Marcellus José Barroso Campêlo, a apresentar uma notificação extrajudicial na qual determina "eventual estoque ou produção de oxigênio" para pacientes internados com a covid-19. A notificação foi endereçada a 11 empresas, dentre elas a Yamaha Motor e Electrolux do Brasil.

Pacientes transferidos

Mais cedo, o governador também anunciou que Amazonas vai transferir pacientes de covid-19 para outros estados, além de decretar toque de recolher a partir das 19h até as 6h. O objetivo conter a disseminação do coronavírus no estado.

O primeiro a receber pacientes do Amazonas será Goiás, com dois hospitais: o HUGO (Hospital Estadual de Urgências de Goiânia Dr. Valdemiro Cruz) e o HGG (Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi). Depois, será a vez de Piauí, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.

A data e a ordem dessas transferências ainda não foram divulgadas pelo governo amazonense.

Pela segunda vez em oito meses, o sistema de saúde do estado do Amazonas tem sido falho, por causa da alta de casos e mortes provocados pela covid-19. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi até Manaus para anunciar medidas de enfrentamento ao coronavírus no Amazonas. O governador Wilson Lima (PSC) pediu prioridade no envio de doses de vacina para grupos vulneráveis.

Sepultamentos batem recorde

Em um mês, o número de sepultamentos em Manaus cresceu 193% em meio à explosão do número de infectados pelo coronavírus no Amazonas. No dia 6 de dezembro, por exemplo, foram registrados 31 enterros na capital, número que subiu para 91 na última terça-feira, 5.

Por causa do aumento dos casos de covid-19, o prefeito de Manaus, David Almeida, decretou estado de emergência em Manaus pelo período de 180 dias para conter o avanço da pandemia na capital amazonense.

Na quarta-feira, foram 110 mortes por covid-19 entre as causas de óbitos no total de sepultamentos nos cemitérios de Manaus, superando a marca das cem mortes por coronavírus registrada em maio de 2020.


Com conteúdo UOL

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